veja álbum índios
da tribo Fulni-ô
Fotos-Assessoria de comunicação Baixo São Francisco Paulo Afonso Bahia (LINHARES)
75 3281-3782 RAMAL 217
BIOGRAFIA
Os índios da tribo Fulni-ô vivem no município de Águas
Belas, em Pernambuco numa aldeia de 11.500 hectares, localizada a 500 metros da
sede da cidade. Sua população é de aproximadamente 3.600 índios.
Eram conhecidos,
antigamente, como Carijó ou Carnijó e não se conhece o tempo da sua existência.
A origem do nome
Fulni-ô é muito antiga. Significa "povo da beira do rio" e está
relacionada com o rio Fulni-ô que corre ao longo da aldeia de Águas Belas.
Os índios têm
convívio diário com os não-índios, são todos bilíngües, se vestem como os
brancos, mas não perderam sua identidade. São os únicos indígenas do Nordeste
brasileiro que mantêm viva a sua língua nativa a Yaathe (ou Yathê).
A língua Yaathe, que
significa "nossa boca, nossa fala, nossa língua" é oral, não possui
cartilha. É aprendida pelos índios em casa com os familiares, no convívio
doméstico e, segundo a professora Alieta Rosa, por intermédio de uma escola
bilíngue que a aldeia possui*. Inclusive, existe um livro com o registro
gramatical da língua.
Além da aldeia a comunidade possui na reserva um outro local
de moradia, onde habitam durante três meses por ano por ocasião dos rituais do
Ouricuri.
O Ouricuri é um
retiro religioso secreto, realizado anualmente nos meses de setembro, outubro e
novembro, onde não é permitida a entrada de não-índios (mesmos os que têm
qualquer tipo de parentesco com os Fulni-ô), pois é um espaço sagrado para
eles. Durante esse período os indígenas se mudam para a outra aldeia, também
chamada Ouricuri, distante cerca de cinco quilômetros do local onde habitam,
levando quase tudo que têm, até os bichos de criação.
O que ocorre no
Ouricuri é um mistério. Nem mesmo as crianças revelam o que se passa no evento.
Sabe-se que durante esse período os homens dormem em local reservado, o
Juazeiro Sagrado, ao qual as mulheres não podem ter acesso. As rivalidades são
esquecidas. As relações sexuais e a ingestão de bebidas alcóolicas são
rigorosamente proibidas.
Até os anos trinta,
as casas dos Fulni-ô eram construídas, exclusivamente, com a palha do ouricuri
(planta da família das palmeiras). Hoje, a aldeia é composta por habitações
individuais de taipa ou alvenaria, semelhantes às das populações pobres do
Nordeste brasileiro.
Os índios vivem do
artesanato da palha do ouricuri, comercializado nas feiras livres da região, da
agricultura de subsistência e de alguma criação de bovinos e suínos. Ainda
praticam a caça e a pesca, mas essas atividades estão quase em extinção, devido
aos desmatamentos e à poluição dos rios da região.
Suas manifestações
culturais incluem a dança e a música. As danças dos Fulni-ô são inspiradas em
vários animais e aves, sendo o toré a mais tradicional. Existem também a
cafurna, uma dança cultural resultante da influência de outros grupos e uma
conhecida como coco de roda, dançada com estilo próprio e que tem origem na
cultura dos negros. As músicas das danças são cantadas em português e yaathe.
Usam como
instrumentos musicais, o maracá, o toré e a flauta. Tocam também instrumentos
dos brancos como clarinete, pistom, trombone, violão, guitarra. Possuem até
conjuntos e bandas formadas.
Os Fulni-ô utilizam para curar doenças muitas plantas que
sobreviveram ao desmatamento. Possuem um Centro Fitoterápico de Reprodução de
Mudas e Essências Medicinais, mantido com o apoio da Fundação Nacional da Saúde
e da Unesco, onde são cultivadas várias plantas que servem como remédios populares
distribuídos na aldeia.
Como ornamentos e
decoração são produzidos machados de pedra, bordunas, arcos e flechas.
O uso do cocar,
pintura corporal ou adereços não são marcas dos Fulni-ô. Para eles a origem do
índio é a sua linguagem, por isso conseguiram mantê-la viva até hoje.
Fotos-Assessoria de comunicação Baixo São Francisco Paulo Afonso Bahia (LINHARES)
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